quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Polisipo

"Ele é apenas um cara. Isso é desejo. Mas esse desejo te consome mais do que se fosse paixão..."

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Eu sempre fui assim!

Algumas coisas não mudam. Simples assim. Passam-se segundos, minutos, horas, dias, anos, séculos e certas coisas teimam em não mudar. Eu sou uma delas. Aliás, eu mudo! Mas preciso levar muito na cara antes de tomar alguma atitude. Há dois anos que pinto a unha da mesma cor, alternando apenas o tom de vermelho. Meu corte de cabelo é o mesmo desde o Natal. “Ah, mas foram apenas sete meses”, alguém provavelmente pensaria. Que nada! Eu mudava de corte todo mês. Ainda tenho mania de fazer cachinhos em todo cabelo que pego. Não gosto do meu pai, mas ainda consigo conviver bem. Minha psicóloga acha que não tenho problema algum, mas minha mãe insiste que tenho um “ódio interior da minha família que um dia vai me levar a loucura”. Eu ainda não gosto dela. A família. Nunca gostei.

Eu ainda não sei me prender a lugares, mas consigo me prender à pessoas de uma maneira extraordinária. Ainda confio em tudo mundo. Ainda acho que todos são meus amigos até que preciso deles e não os vejo. Ainda acredito em cada vírgula que me falam mesmo quando a falta de sinceridade está gritando. Ainda sou a amiga que apóia. Ainda preciso de certeza para guiar meus passos, mas ainda mudo de rumo num piscar de olhos.

Eu disse tudo isso para mostrar que por mais que eu tente mudar, certas coisas não mudam. Mas por mais que certas coisas não mudem, eu preciso mudar. Sempre. Para crescer, para ser melhor para mim e para os outros. Então, não vem dizer que eu mudei, que não era assim, que você não me conheceu assim. Você me conheceu assim. A única diferença é que eu não te amo mais, não te quero mais e não acredito no que você diz. Não encho o chão que você passa de flores, nem atraso minha vida por você. Não te quero mais. Não quero que você me ligue. Quero que você me esqueça e siga com sua vida. Como eu fiz. Mas antes de ir, prometa que não vai fazer com outra pessoa o que você fez comigo. Não repita seus erros. Eu juntei e colei todos os pedacinhos que você espalhou. Estou aqui inteira, mais forte que nunca. Quero uma nova história de amor. Querendo fazer alguém muito feliz. Esse alguém não é você. Não mais. Vai embora e me deixa em paz. Isso não é amor. Como diz aquela cantiga de criança: “O anel que tu me deste: era vidro e se quebrou".








Obs: Texto escrito em maio de 2008, mas que ainda é um dos favoritos.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009


Encerrando ciclos.
Matando expectativas.
Mudando alguns pensamentos.
Lavando alma e coração.

domingo, 26 de julho de 2009


Cada expectativa que eu arrancava só servia para compensar as expectativas que você arrancou de mim. E de tanto esperar por algo que eu nunca me conformei, de um jeito louco eu vi meus sonhos ressucitarem, como a surpresa de ver um morto se levantar do caixão. A noite já estava na metade quando li uma verdade que parecia se fantasiar de mentira, li a minha alegria voltar. Sorri pro espelho do armário, testei as molas do colchão, gritei sem som e mordi o travesseiro tentando conter a felicidade, mas eu queria mastigá-la, engolí-la e devorar tudo o que de ausente me deixou vazia por tanto tempo. Ah! Só que a vida é irônia, tem um sorriso tão sarcástico e se veste de palhaço para nos entreter até mesmo com o fim do nosso próprio amor. Porque dois dias que passaram, quarenta e oito horas, um par de voltas da Terra nela mesma, virou o meu mundo todo do avesso ou de ponta cabeça, invertendo os nossos papéis e adormecendo aos poucos o que se manteve tão desperto aqui dentro. Fiquei semanas brincando de bumerangue com as coisas que eu sentia, e algum poder seu, aliado ao vento sempre te trazia de volta pra mim. Mas de tanto jogar a céu aberto, alguém viu, passou por nós, no meio da nossa distância e pegou tudo o que eu sentia para si, no ar, em pleno vôo. Então me assustei e ainda me assusto porque o que eu senti por você não quer voltar. Eu perdi o que senti por você e eu sinto muito por isso. Confesso que deixei a porta destrancada para que tudo fugisse, confesso que fingi não ver tudo correr de mim. Não fui atrás. Em todo o caso, eu coloquei fogo em todos os planos que rabisquei no meu cérebro. Rasguei a nossa cama, as nossas despesas no supermercado, a pizza com duas cocas ao chão da sala do nosso apartamento. Apaguei nosso futuro verde e rosa. Depois ainda desenterrei de debaixo dos meus pés todo o sofrimento abarrotado no fundo da onde eu escondo o que quero esquecer, nunca te coloquei lá dentro e sei que mesmo se os nossos narizes tivessem olhos não conseguiriam ver logo embaixo deles que não somos da mesma espécie, que nossas mãos não se encaixam e que nossos pés jamais se encontrariam a noite. E esse mundinho dentro do meu quarto que você me ofereceu ficou tão menor e menos interessante depois que eu deixei a janela aberta. Com essa brisa de coragem que tomei no rosto, senti minhas pernas capazes de alcançar qualquer pessoa, em qualquer lugar.
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Autora: Maya