terça-feira, 4 de agosto de 2009

Eu sempre fui assim!

Algumas coisas não mudam. Simples assim. Passam-se segundos, minutos, horas, dias, anos, séculos e certas coisas teimam em não mudar. Eu sou uma delas. Aliás, eu mudo! Mas preciso levar muito na cara antes de tomar alguma atitude. Há dois anos que pinto a unha da mesma cor, alternando apenas o tom de vermelho. Meu corte de cabelo é o mesmo desde o Natal. “Ah, mas foram apenas sete meses”, alguém provavelmente pensaria. Que nada! Eu mudava de corte todo mês. Ainda tenho mania de fazer cachinhos em todo cabelo que pego. Não gosto do meu pai, mas ainda consigo conviver bem. Minha psicóloga acha que não tenho problema algum, mas minha mãe insiste que tenho um “ódio interior da minha família que um dia vai me levar a loucura”. Eu ainda não gosto dela. A família. Nunca gostei.

Eu ainda não sei me prender a lugares, mas consigo me prender à pessoas de uma maneira extraordinária. Ainda confio em tudo mundo. Ainda acho que todos são meus amigos até que preciso deles e não os vejo. Ainda acredito em cada vírgula que me falam mesmo quando a falta de sinceridade está gritando. Ainda sou a amiga que apóia. Ainda preciso de certeza para guiar meus passos, mas ainda mudo de rumo num piscar de olhos.

Eu disse tudo isso para mostrar que por mais que eu tente mudar, certas coisas não mudam. Mas por mais que certas coisas não mudem, eu preciso mudar. Sempre. Para crescer, para ser melhor para mim e para os outros. Então, não vem dizer que eu mudei, que não era assim, que você não me conheceu assim. Você me conheceu assim. A única diferença é que eu não te amo mais, não te quero mais e não acredito no que você diz. Não encho o chão que você passa de flores, nem atraso minha vida por você. Não te quero mais. Não quero que você me ligue. Quero que você me esqueça e siga com sua vida. Como eu fiz. Mas antes de ir, prometa que não vai fazer com outra pessoa o que você fez comigo. Não repita seus erros. Eu juntei e colei todos os pedacinhos que você espalhou. Estou aqui inteira, mais forte que nunca. Quero uma nova história de amor. Querendo fazer alguém muito feliz. Esse alguém não é você. Não mais. Vai embora e me deixa em paz. Isso não é amor. Como diz aquela cantiga de criança: “O anel que tu me deste: era vidro e se quebrou".








Obs: Texto escrito em maio de 2008, mas que ainda é um dos favoritos.

Um comentário:

  1. Que texto perfeito, prima. Forte demais. Te admiro muito, te amo também. ;*

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